O ATARI VCS (2600) é um dos grandes exemplos da indústria de tecnologia que demonstra ser possível desenvolver software que entregue muito mais performance do que “teoricamente” o ecossistema em que ele irá “viver” suporta.
A economia da época impossibilitava um mercado de massa a baixo custo, entretanto em um mercado com elevado nível técnico esse tipo de limitação termina se transformando no desafio a se superar.
Para baratear o custo do produto os engenheiros da ATARI utilizaram o processador MOS 6507, que era uma versão mais barata (ainda) do clássico MOS 6502 (o mesmo do AppleII) e que dentre suas limitações tinha um BUS de endereçamento de apenas 13 bits, possibilitando até 8 KBytes de RAM, ao invés dos 16 bits do 6502, capaz de endereçar até 64 KBytes.
Tudo isso feito para evitar a utilização de um componente caríssimo na época, que eram as memórias RAM, o que explica também a falta de um FrameBuffer (um dos componentes mínimos mais básicos para se desenvolver alguma saída visual) e também seus apenas 128 BYTES de RAM.
O principal componente que possibilitou essa redução da quantidade de memória no Atari 2600 foi o TIA, que é um chip customizado que podemos sem duvida nenhuma chamar de “coração” do Atari 2600, uma vez que além dos gráficos ele também é o responsável pela geração de sons e da leitura dos joysticks.
Com toda essa capacidade e multiplas funções, o TIA, é naturalmente um componente bastante complexo e dificil de se programar.
Apesar de toda essa limitação, o Atari 2600 foi capaz de entregar obras-primas inimagináveis em um primeiro momento e talvez até mesmo para os dias atuais para computadores cujos recursos são praticamente infinitos.
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PopolonY2k
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