Após o último post, que documentou todo o processo de Retr0Bright das teclas do Expert, recebi ainda alguns feedbacks sobre possíveis otimizações do mesmo e uma delas, e que foi bem interessante, foi a do Luciano Sturaro (aka @Gradius) mantenedor do já conhecido site MSXPró. Segue abaixo a dica que descrevo por completo, nas palavras do próprio autor.
Gradius says:
Legal! Ficou muito bom.
Dica pra você, a goma xantana tem somente a utilidade de ser um aglutinante, para você você possa aplicar o retro-0-bright com pincel e peças que não caibam em um pote.
Como eram teclas, você poderia ter feito a solução com peróxido sem ser o cremoso e colocado tudo de molho dentro de uma bacia PLASTICA ou algum recipiente de vidro de boca larga (tipo uma tigela). Porem a luz do sol tem que incidir diretamente sobre o liquido, não serve usar um pote de maionese, por exemplo, pois o vidro, e a maioria dos plásticos bloqueia quase que totalmente o UV.
Fica aqui meu agradecimento pelo feedback.
Bom, continuando a série Lata Velha MSX, vou postar as imagens sobre o processo de pintura do teclado do Expert, que é bem parecido com o processo feito no gabinete conforme reportado na parte I e parte III dessa série.
Vale lembrar que o gabinete é feito de material plástico com detalhes em preto, detalhes que eu não gostaria de modificar, por isso uma proteção com fita adesiva se fez necessária tanto para proteger os detalhes, quanto a parte interna do teclado, uma vez que não queremos que a tinta atinja o mecanismo responsável pelo contato das teclas, película e placa do teclado.
Segue abaixo as imagens do processo, onde podemos ver na primeira imagem o teclado em sua “forma” original….
….e na sequência desmontado….
….e a parte superior com muita poeira onde ficam as teclas…
….após a limpeza, uma proteção com fita adesiva foi adicionada às partes que não poderiam sofrer com a ação da tinta e também outras que achei mais interessante deixar com o preto original….
O processo de pintura foi o mesmo seguido nas partes I, II e III dessa série, onde também apliquei o mesmo verniz, utilizado no gabinete e parte frontal do Expert, após a pintura. O resultado pode ser visto a seguir…..
Decidi deixar a peça secando por 32 horas e após isso comecei a recolocar as teclas, já recuperadas pelo Retr0Bright. O resultado, pode ser visto abaixo…..
Nada poderia ser melhor e mais gratificante do que ver essa imagem do velho Expert, agora completamente recuperado e com um “ar” de novo….
….nada poderia estragar esse momento de ter um novo “velho” computador de volta à vida em grande estilo….nada poderia estragar esse momento………exceto que o micro, que eu já havia testado após a recupeação do gabinete há um mês atrás, não ligou após conectar o teclado para testar a limpeza de sua parte eletrônica.
Como citei anteriormente, o computador já havia sido testado por alguns minutos, há um mês atrás e estava pronto para o Gran Finale, porém esse problema me fez abri-lo novamente e seguir todo o procedimeto padrão de apertar CI’s, Chips e tudo mais que estava soquetado, revisar conexões que poderia estar com mau contato e por fim pegar um Multímetro e começar a testar fonte e qualquer outro componente que poderia ser a causa do problema.
Ainda estou relutante em remover a fonte original do Expert por uma de PC, apesar da fonte de PC ser superior em todos os sentidos, por isso vou fazer alguns testes, consultar os excelentíssimos nobres colegas mais experientes no assunto e depois decidir se dou um passo em mudar também a parte interna desse Expert ou se fico só com as mudanças externas mesmo.
Infelizmente não poderei terminar a série nesse post, como previsto, porém essa área de tecnologia é completamente imprevisível.
Finalmente chegamos ao ponto critico da série Lata Velha MSX e antes mesmo de finalizar essa série, posso dizer que tem sido uma das mais cansativas já desenvolvidas para o blog até o momento, até mesmo porque se trata de um trabalho detalhista e extremamente demorado na obtenção de resultados finais, uma vez que contamos com elementos químicos envolvidos no processo, que por sua vez necessitam de tempo para que os resultados desejados sejam percebidos.
E por falar em química, nesse post vamos descrever sobre os efeitos químicos que o tempo pode causar aos equipamentos eletrônicos e lógicamente como recuperá-los.
Muitos dos “felizes” possuidores de computadores antigos de cor branca, isso inclui gabinetes de PC antigos, Commodore Amiga, Commodore 64 e também os MSX HotBit’s, dependendo de como armazenaram seus computadores, hoje tem nas mãos belíssimos computadores amarelo-bege, o que para alguns pode ser ótimo, pois dá aquele ar de aparelhos vintage a suas máquinas,…
…porém para outros, dá um ar de coisa velha prestes a parar de funcionar.
A cor bege-amarelada, característica de aparelhos envelhecidos, sempre foi considerada parte de um processo natural e irreversível de envelhecimento de peças, principalmente plásticas. Porém em 2008, a equipe do Commodore Business Machines Museum, em Wuppertal-Alemanha, fez uma brilhante descoberta ao experimentar mergulhar as partes envelhecidas de suas máquinas em uma solução de Peróxido de Hidrogenio (aka Água Oxigenada), por alguns dias, e descobriram que processo de envelhecimento poderia ser revertido.
A partir daí a comunidade de máquinas Commodore, principalmente a comunidade Commodore Amiga da Alemanha e posteriormente da Inglaterra, onde os Engenheiros Quimicos, Engenheiros de materiais plásticos e Hackers debateram até chegar a um aperfeiçoamento da fórmula original utilizada pelo Germany-Wuppertal CBM Museum, cujo projeto ficou conhecido como…..
…The Retr0Bright Project, ou simplesmente Retr0Bright.
WARNING !!!!!
O Retr0Bright é uma mistura química forte e altamente perigosa, podendo causar queimaduras se mantido contato com a pele, principalmente sob o sol.
Em contato com os olhos, a mistura pode causar cegueira.
O site do projeto descreve algumas variações da fórmula e seguindo duas delas, conforme descrito nesse link, cheguei a conclusão da melhor variação para se obter melhores resultados no rendimento e aplicação do produto final, conforme descrito a seguir.
Experiência número 1
Na primeira tentativa utilizei uma pequena variação da fórmula original conhecida como Fórmula original de Merlin (Merlin’s original recipe) e os resultados foram bem satisfatórios após 3 horas da aplicação da mistura e ação do Sol.
PopolonY2k’s recipe:
Agua Oxigenada Cremosa (40 Volumes);
Glicerina Bi-destilada – Loção para o corpo;
Vanish Power 02 – Ação bacteriana;
.
A fórmula original ainda inclui uma goma utilizada como aditivo alimentar e conhecida como Goma Xantana ou Xanthan Gum. Ao analisar o real motivo da adição desse elemento na fórmula, cheguei a conclusão de que sua função é apenas para formar um gel fixador e com isso prolongar a ação dos verdadeiros agentes, que são o Peróxido de Hidrogenio (aka água oxigenada) e o Vanish, por isso escolhi a água oxigenada cremosa, para que a fórmula modificada tenha uma consistência talvez similar a da fórmula com a Goma Xantana.
Situação inicial do teclado.
Inicialmente o teclado estava nas mesmas condições do restante do micro, ou seja, muita poeira, tinta danificada, teclado “amarelado” decorrente da ação do tempo e com algumas teclas não funcionando mais.
A primeira ação foi desmontar o teclado, retirar a placa com o circuito eletrônico e também a película de contato do teclado e no final retirar cada uma das teclas. O interessante desse teclado é que ele segue o mesmo modelo dos PC’s atuais, com as teclas totalmente independentes das demais peças do teclado, sendo que não é necessário desmontar o teclado inteiro para remover suas teclas, podendo ser retiradas por cima, exceto as setas direcionais, espaço e teclas enter e control.
WARNING !!!
Muito cuidado no momento de remover as teclas, principalment as coloridas, como a vermelha (Stop) e as azuis direcionais, pois o plástico dessas teclas é visivelmente mais frágil do que as cinzas e com isso pode ocorrer dos encaixes das teclas se partir, conforme visto na figura abaixo.
Após desmontar o teclado e remover as teclas, fiz a fórmula com a seguinte configuração:
90ml de Água Oxigenada cremosa (o pote inteiro);
2 colheres de Glicerina Bi-destilada;
1 colher de Vanish Poder O2;
.
Após misturar bem esses componentes químicos, iniciei a aplicação do liquido resultante, porém cometi dois erros em sequência, sendo o primeiro deles a não utilização de luvas protetoras de borracha ou plásticas, para evitar contato da mistura com a pele e o segundo foi a aplicação desse liquido, sem luvas e sob o Sol, ou seja, em menos de 30 segundos de contato com a fórmula modificada do Retr0Bright, minhas mãos estavam queimando e era perceptível que a pele na ponta dos dedos, que é mais frágil, estava sendo consumida pela mistura.
Ṍtimo !!! Se o efeito químico da fórmula era perceptível a um humano, então eu esperava que o mesmo efeito pudesse afetar igualmente a superfície plástica das teclas do computador. Abaixo segue uma imagem de alguns dedos cuja a pele foi consumida rapidamente pela mistura quimica do Retr0Bright.
TIP 1
Lembrando apenas que para a fórmula ter o efeito desejado, devemos aplicar a mistura até envolver completamente a peça a ser restaurada e deixá-la sob os efeitos de lâmpadas de radiação Ultra Violeta, ou também através de uma solução de baixo custo, que consiste basicamente em deixá-la ao Sol, essa última a minha escolha natural em todos os sentidos.
TIP 2
O site oficial do Retr0Bright dá uma dica importante que é adicionar o Vanish poucos instantes antes de se fazer a aplicação do produto. Quando li essa sugestão não entendi o porque, porém a segui naturalmente.
Logo percebi a necessidade de que seja dessa forma pois o Vanish em contato com a mistura de Peróxido de Hidrogenio e Glicerina, se torna uma verdadeiro vulcão. A reação química é quase que instantânea e após alguns poucos minutos de reação química a mistura não cabe mais no recipiente pois a mesma começa a enfervecer vazando para fora do mesmo, talvez esse efeito seja retardado com o uso da Goma Xantana, que é o componente que faz que a mistura seja um gel fixador.
A aplicação do Retr0Bright, em meu caso, foi feita em duas etapas, porém poderia ser feito em uma única aplicação de 6 a 8 horas ao Sol. Nessa primeira versão da fórmula modificada percebi o mesmo que foi reportado no site oficial do Retr0Bright, onde o autor citou que o Vanish não se dissolveu perfeitamente quando adicionado diretamente à mistura de Peróxido de Hidrogenio com Glicerina, pois mesmo após muito tempo em que o Vanish já estava misturado, a maioria de suas particulas ainda estava em estado sólido, onde era possível sentir as “pedrinhas” do Vanish, ou seja, sem dissolver o produto por completo sua ação não foi completa, estou certo disso.
Após 3 horas da aplicação da solução modificada do Retr0Bright, deixando as mesmas ao Sol do meio-dia em um dia perfeito de Sol, o resultado foi satisfatório onde percebi que houve um excelente clareamento das teclas para a cor próxima da original, entretanto foi bem diferente do resultado obtido pelas outras fórmulas do Retr0Bright, incluindo a original, conforme reportado no site do projeto. No meu caso diversas teclas ainda permaneceram com tonalidade amarelada, nada tão forte, mas estavam lá.
O que fiz de errado ??? Humm…..hora de analisar os resultados e fazer os ajustes necessários.
Experiência número 2
De posse desse resultado visual, pensei sobre o que poderia ter dado errado, afinal a minha fórmula era uma variação de uma variação da fórmula original. Em minha mistura eu havia excluido a Goma Xantana e um outro fator importante foi a não utilização de lâmpadas UV, ou Black Light como são conhecidas na comunidade internacional.
A lâmpada UV certamente pode ser substituída pelo Sol, uma vez que essa lâmpada tenta reproduzir exatamente a emissão de raios UV da melhor fonte de raios UV que existe……que é o próprio Sol. Também tenho informações de outros amigos que fizeram variações do Retr0Bright, como o @Super Chung da comunidade MSX Brasil do Orkut, que fez com sucesso esse processo em seu HotBit, naquela época amarelado, recuperando a sua cor original conforme demonstrado em discussão da comunidade nessa thread aqui, com imagens que demonstram que o processo funciona muito bem só com a luz do Sol.
Evitando a Goma Xantana, parti para uma outra variação da variação da fórmula original, conforme reportado no site do Retr0Bright, e conhecido como Fórmula de Lorne (Lorne’s Variant Recipe), que consiste em dissolver o Vanish em água quente e misturar o liquido obtido junto ao Peróxido de Hidrogenio com Glicerina.
Então peguei minha variação da fórmula, diminui a quantidade dos ingredientes para buscar mais consistência e adicionei exatamente esse passo da Fórmula de Lorne, refazendo a aplicação em todas as teclas do Expert. Infelizmente nessa segunda tentativa o dia não era de Sol perfeito, onde por diversas vezes o Sol era enfraquecido pela ação das nuvens que o encobriam, mas apesar de tudo isso a nova mistura foi um sucesso “quase” que absoluto e “quase” cheguei às cores originais do teclado, exceto por algumas teclas que estavam desbotadas desde o principio do processo, uma vez que esse teclado não era meu e provavelmente deve ter sofrido com a ação de algum produto que deve ter caido sobre essas teclas.
Segue a segunda configuração da fórmula, cujo resultado foi superior a primeira fórmula:
Aproximadamente 30ml de Água Oxigenada cremosa;
2 colheres de Glicerina Bi-destilada;
Diluir 1 colher de Vanish Poder O2 em 1/4 copo de água quente;
Misturar bem a água oxigenada à glicerina;
Misturar bem o Vanish diluido em água à mistura de água oxigenada com glicerina;
.
Quando cito que o sucesso foi “quase” que absoluto, quero dizer que algumas teclas ainda tem poucas marcas “amareladas” em sua superfície, principalmente nas laterais das teclas e de imediato percebi o porque da importância da Goma Xantana, pois essa goma dá uma consistência à mistura, fazendo com que os verdadeiros agentes do processo entrem em ação na superifície onde a mesma está aplicada, ou seja, se houvesse Goma Xantana nessa mistura, a mesma ficaria fixada nas laterais das teclas e com a ação do Sol, a dupla Peróxido de Hidrogenio + Vanish já teria penetrado nessas partes laterais, removendo completamente o “amarelado” já nessa segunda tentativa.
Entretanto a fórmula é válida para quem deseja economizar na Goma Xantana, pois é possível pincelar a cada 2 horas essa mistura sem a goma e obter o mesmo resultado, por isso fui para uma terceira tentativa e agora de posse dessa informação crucial posso modificar a fórmula mais uma vez em busca de uma consistência próxima do gel que a Goma Xantana propícia.
Experiência número 3
A experiência número 3 é na verdade uma repetição da anterior, com adição de menos água quente para dissolver o Vanish e dessa vez contei com a minha fonte de raios UV, o Sol, em sua capacidade máxima e com isso os resultados foram excelentes, validando a minha fórmula modificada do Retr0Bright, onde posso agora afirmar com toda certeza de que essa experiência funciona mesmo, apesar de eu ter sido cético quando li sobre o Retr0Bright há alguns meses atrás.
Efeitos colaterais.
Além dos efeitos colaterais nos seres humanos, já reportados aqui para o caso de contato com a pele e olhos, existe um possível efeito colateral também no material onde a fórmula é aplicada.
Segundo relato do site oficial do Retr0Bright, existe a possibilidade de ressecamento da peça que recebe aplicação da mistura, devido ao Peróxido de Hidrogenio. No caso da minha experiência percebi que isso é possível de acontecer, uma vez que as peças maiores, como a barra de espaços, deram sinais de ressecamento após a segunda aplicação, entretanto esse efeito também é reversível através da aplicação da própria Glicerina, utilizada na fórmula, diretamente nas peças, uma vez que é reconhecido que a Glicerina tem características umectantes.
Bom, esse é o resultado da recuperação das teclas do Expert, na sequência teremos a última parte que é a recuperação da parte externa e interna do teclado, que na verdade se resume em limpeza da parte eletrônica e pintura da parte externa.
O pai de uma das linguagens mais utilizadas do planeta, e mãe de grande parte das outras atuais, a linguagem C, e também do sistema operacional UNIX, que é base para todos os outros sistema operacionais modernos existentes (sim !!! Isso inclui o Windows) , Dennis Ritchie, faleceu no último final de semana (08/10/2011), de causas não especificadas, aos 70 anos de idade.
Dennis Ritchie deixa simplesmente um legado de toda a base computacional moderna através da linguagem de programação C, que por sua vez influenciou a criação de outras linguagens como C++ e Java, bem como o sistema operacional UNIX, que é base direta de sistemas conhecidos como UNIX-Like como por exemplo o Linux, *BSD (FreeBSD, OpenBSD, NetBSD), MacOSX e também indiretamente influenciando a tecnologia de outros sistemas não UNIX-like como o Windows, que apesar da grande diferença visual com sistemas UNIX-like, considerando o nível de funções do kernel, o sistema da Microsoft copia diversas estruturas de processamento internas do UNIX.
Na área de literatura tecnológica, Dennis Ritchie é autor da obra cujo formato técnico/literário é um dos mais copiados por criadores de outras linguagens. Seu livro, C programming language de 1978, é a principal e mais utilizada referência para estudantes e programadores da linguagem C, desde a sua primeira edição.
C ANSI
No inicio dos anos 1990, a linguagem C foi padronizada pelo comitê ANSI e o resultado foi a adequação da linguagem C às regras mantidas agora pelo comitê ANSI, que fez com que a linguagem seguisse um padrão mínimo e comum aos diversos fabricantes de compiladores C, que na época já começavam a criar suas próprias definições da linguagem, o que poderia torná-la uma verdadeira torre de babel.
Essa padronização permitiu que todos os sistemas criados utilizando a linguagem C pudessem, de certa forma, ser portados entre compiladores e até sistemas operacionais diferentes.
Dennis Ritchie sempre teve grande participação e influência na padronização de sua criação, tendo inclusive lançado a segunda edição de seu livro, C programming language, que cobria a especificação conhecida como ANSI C, sob a agora benção do comitê ANSI.
Devido a portabilidade, sintaxe simples, velocidade e principalmente por ser uma linguagem de nível médio, que possibilita acesso a dispositivos em um nível mais baixo, C é a linguagem preferida dos desenvolvedores de software básico, como sistemas operacionais, device drivers, sistemas de real-time, alta performance, alta escalabilidade e softwares servidores 24×7.
Até meados de 1990, quase tudo era feito em C, pelos motivos citados acima, porém com o aumento do poder computacional dos computadores pessoais, outras linguagens se tornaram preferidas para o desenvolvimento de aplicações, entretanto essas linguagens em sua grande maioria foram escritas em C.
Com tudo isso podemos perceber que a perda de Dennis Ritchie é uma das maiores ocorridas nos últimos anos no mundo da tecnologia.
Após quase um mês, trabalhando nos finais de semana na recuperação do MSX Expert 1.1, finalmente chegamos ao fim do processo de recuperação do gabinete desse clássico da microinformática brasileira.
O processo foi bem cansativo, pois estive trabalhando no limiar entre o sucesso e o erro, de tal forma que um único erro poderia ser irreversível e aí ao invés de um clássico remodelado, eu teria nas mãos um computador velho sem nenhum atrativo, ou seja, uma verdadeira Lata Velha.
Limpeza da parte eletrônica.
Essa é uma parte do processo que não tem maiores segredos, sendo apenas o trabalho braçal de desmontar completamente a parte interna, que nesse caso estava muito empoeirada, e no final remontar tudo novamente.
Sem mais, vamos às fotos do antes…….
…..durante…..
…..e depois da limpeza.
Conforme eu havia falado anteriormente, esse processo é braçal, ou seja, é desmontar, limpar e montar novamente, devemos apenas ficar atentos aos parafusos de fixação pois é importante que na remontagem não sobre nenhum parafuso para que a parte interna esteja completamente fixa, evitando assim futuros contatos indesejados entre fios e componentes eletrônicos.
Montagem final do gabinete
Bom, nos dois últimos artigos da série Lata Velha MSX (parte I e parte II) você acompanhou o processo de pintura do gabinete e da tampa frontal de um MSX Expert 1.1, que é um computador clássico da década de 80. Na parte II da série eu já havia comentado sobre a dificuldade de pintar essa tampa frontal do Expert, devido a suas partes estreitas principalmente no momento da aplicação do verniz.
Pois bem, a medida que vamos ficando velhos, vamos ficando mais pacientes (ou não 🙂 ) e foi essa paciência que me permitiu colher um excelente resultado na pintura da lataria do gabinete e agora também na tampa frontal do Expert.
Porque digo isso ?? Simples, após 72 horas da aplicação do verniz, assim como acontecera anteriormente na pintura da lataria, o verniz assentou e fixou de tal forma na peça, que as pequenas e até as grandes imperfeições do processo de aplicação do verniz praticamente desapareceram, ou seja, a paciência é uma benção.
Para demonstrar o resultado final, nada melhor do que imagens……..
….mais imagens….
Conforme pode ser visto nas imagens frontais acima, coloquei detalhes em vermelho na parte superior aos slots frontais da máquina e também na divisória inferior que separa as cores preta da prata da peça.
O processo foi simples e consiste de cortar uma tira fina de uma fita vermelha, podendo ser uma fita do tipo durex vermelho ou uma daquelas fitas vermelhas de demarcar solo e adesivar a parte desejada. No meu caso escolhi a ultima opção por ser mais consistente e durável. A material escolhido foi a Fita de demarcação de solo Adelbrás, mas outras marcas como a 3M, também frabricam produtos similares.
Achei melhor usar a fita de demarcação de solo pelo simples motivo da cor obtida nesses materiais não estar em uma camada de tinta superior e sim na composição da própria fita, ou seja, não irá desbotar ou perder a cor em caso de arranhões, lembrando que existem outras alternativas de cor para esse produto.
Bom, vou finalizando essa etapa do processo de restauração do MSX Expert 1.1. No próximo post vou iniciar um outro desafio que é o de recuperar o teclado dessa máquina.