Onde está o Prof. Pierluigi Piazzi ?

A década de 80, para grande parte dos profissionais de TI que atuam no mercado atual, foi dominada por siglas como MSX, Apple, Amiga e MS-DOS. Crescemos vivendo em torno dessas tecnologias e que hoje ainda vivenciamos através de listas de discussão, redes sociais, emails, enfim, coisas que estão transferidas para o nosso Cortex não importando se a maré de nossas memórias irá subir e descer apagando tudo o que é temporário. 🙂

Pois bem, uma dessas lembranças que me vem à cabeça até hoje é a do Professor Pierluigi Piazzi, que na década de 80 era reconhecido no meio de tecnologia nacional, por seus livros e sua excepcional didática.

Me lembro que naquela época eu conhecia o Prof. Piazzi apenas pela fama de seus livros e cursos de VHS que estavam na mídia, mas nunca havia consumido qualquer material de sua autoria, uma vez que livrarias e lojas especializadas em produtos de TI era algo raro tanto nos grandes centros e pior ainda nas demais regiões do Brasil, o que era extamente o meu caso.

Eu era louco por ter acesso a livros e também por aprender como as coisas funcionavam, porém não tinha a menor idéia de onde buscar informações, o que é típico de um País atrasado, em diversos sentidos.

Recentemente tive acesso a um dos diversos materiais desenvolvidos pelo Prof. Piazzi na década de 80, o famoso curso de BASIC para MSX, que foi um curso criado para ser assistido em equipamentos de  VHS e foi feito em parceria com a empresa MPO Video, bastante famosa no meio MSX na década de 80.

Ao assistir o vídeo, finalmente verifiquei o porque do Prof. Pierluigi Piazzi ser muito festejado no meio MSX da época, pois sua postura é a de um verdadeiro Mestre, uma pessoa extremamente preocupada em que a didática seja perfeita visando o entendimento por parte de quem o assiste, o conteúdo de seu curso é milimétricamente calculado, ou seja, os níveis avançam passo-a-passo onde percebi o cuidado do autor na condução do conteúdo veículado de forma que não se torne cansativa a quem está assistindo. Enfim, uma pessoa que está constantemente buscando a excelência naquilo que faz.

Foi muito gratificante, após vários anos, descobrir que existiam técnicas do MSX-BASIC que eu poderia ter aprendido de maneira mais rápida e eficiente, na época, caso eu tivesse acesso a esse e outros materiais publicados pelo Professor Piazzi.

Bom, como um dia perdido não volta mais, precisamos continuar subindo os degraus da escada da inteligência e por isso compartilho com os amigos um vídeo do Youtube com a aula de MSX-BASIC do Professor Piazzi, para que vejam e sintam que se trata de um clássico e principalmente para cultivarmos o que é ser um mestre de verdade.

Abaixo também outro vídeo do Professor Pierluigi Piazzi dos dias atuais, dando uma entrevista sobre a importância do trabalho docente, bem como sobre os perigos da tecnologia quando utilizada de forma errônea tanto por mestres quanto por alunos. Excelente vídeo que mostra um pouco das preocupações desse guru que ajudou a formar muitos dos profissionais que estão no mercado de trabalho.

É excelente saber que o Prof. Piazzi continua firme e forte, educando e principalmente ensinado inteligência, para Filhos, Pais e Mestres, através de suas aclamadas obras, Aprendendo Inteligência, Estimulando Inteligência e Ensinando Inteligência, publicadas pela Editora Aleph.

Por fim, o vídeo excelente, onde o Prof. Piazzi simplesmente arrebenta. Só vendo mesmo. É extenso mas vale cada milisegundo assistido. Vai a primeira parte….é só seguir a sequência.

[]’s a todos e principalmente ao Prof. Piazzi, se um dia chegar a ler esse post.

PopolonY2k

Referências (08/03/2011):

Twitter oficial do Prof. Pier.

http://twitter.com/#!/professorpier

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Dicas para uma internet “educada”

Quem nunca participou de forums de discussão ou coisa parecida, na internet e não saiu no tapa com alguma outra pessoa em ambiente virtual ??

Vocês talvez mas eu….nunquinha da silva !!!!  😀 😀 😀

Por isso, estou disponibilizando algumas dicas para postar sobre qualquer assunto na internet. Espero sua contribuição para ampliar essa lista:

1) Antes de postar algo, preste atenção se você não vai fazê-lo logo após chegar do trabalho pois as chances de você dar uma “espinafrada” em alguém que tá de boa, só porque seu chefe te encheu o saco o dia inteiro, são grandes.

Solução: Tome um banho, um café e assista a novela das 8 antes de ligar o micro;

2) Não leia a parte de Política do portal Terra antes de comentar em seu forum ou rede social preferidos (orkut, facebook, etc, …) pois existe a possibilidade de você ler sobre o inédito índice de 100% de aprovação da Presidenta da Republica nunca antes alcançado na história desse País.
As chances, em percentual, de você pensar “ixi…nem votei e detesto essa bruaca” e esse pensamento elevar seu nível de stress, são de 100%.

Solução: Vai jogar PlayStation (qualquer geração). Mas não jogue aqueles games emulados, principalmente games de MSX, senão você vai ficar achando defeitos na emulação, pixels e cores e isso vai te fazer descarregar sua raiva na pobre da internet.

3) Não faça nenhum post depois de discutir se o Android é melhor que o Apple IOS ou vice-versa. Android tem suas vantagens assim como o AMIGA no mundo dos micros antigos, porém com todas as limitações do Apple IOS, o pessoal ainda prefere ele pelos seus efeitos e frescuras fru-frus etc e tal, assim como preferem o MSX pelos seus jogos e sua magia.

Solução: Abra sua gaveta de velharias e olhe fixamente para o seu Motorola PT-550 (aka Tijorola) por 1 minuto. Isso vai te trazer paz de espírito.

Android/IPhone da década de 90

4) Se depois disso tudo você decidir postar algum #%(&@!!#+, contra alguém, em algum lugar na internet, não se esqueça de fazê-lo sem envolver “terceiros“, pois quando esse “terceiro” começar a não concordar com você, você poderá entrar em uma crise existencial que poderá te levar ao stress profundo, o mesmo que levou a Branca de Neve ao coma profundo após comer a maçã envenenada.

Solução: Vá namorar, até mesmo porque se você precisar sair do coma não é garantido que seu principe encantado não seja um Tião Macalé.

Principe encantado, Tião.

[]’s
PopolonY2k

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Funções ZZ

Passeando por sites de Linux durante a última semana me deparei com uma notícia bem legal sobre o lançamento de uma nova versão do projeto Funções ZZ.

Para quem não sabe, Funções ZZ é um projeto Open Source Brasileiro que implementa, via Shell Script, um conjunto de funções bastante úteis para o dia a dia de desenvolvedores de softwares, administradores de SO, webmasters, etc, chegando ao número de 111 funções, disponíveis para os sistemas operacionais Linux, BSD, Cygwin (Windows), Mac OS X, entre outros UNIX-like.

Logotipo do Projeto Funções ZZ

Dentre essas funções dou destaque a algumas bem úteis para mim:

zzansi2html – Converte para HTML o texto colorido do terminal (códigos ANSI). Util para mostrar a saída do terminal em sites e blogs, sem perder as cores.

Bom, digamos que você tenha um blog de Linux ou tenha, como eu, a necessidade de mostrar o resultado de seus testes realizados em um console UNIX ?

Nos meus reviews eu geralmente entro no editor do WordPress e vou colorindo a saída manualmente, simulando a saída do console. Com a função a zzansi2html ganho agilidade na hora de postar saídas do console UNIX.

Vamos ao que interessa, que é a pratica da coisa.

Utilizei as Funções ZZ da forma que baixei no site, claro que tem a parte da instalação, que é baba, mas vamos pular isso tudo. Executei o seguinte comando na tela de console :

popolony2k@ZanacEx:~/Projects/Spool$ df | ./funcoeszz-10.12.sh zzansi2html

E a saída em HTML obtida foi:

<pre style=”background:#000;color:#FFF”><div style=”display:inline”>
Filesystem           1K-blocks      Used Available Use% Mounted on
/dev/sda1             73718652   7948276  62025628  12% /
udev                    772080       328    771752   1% /dev
none                    772080       200    771880   1% /dev/shm
none                    772080        88    771992   1% /var/run
none                    772080         0    772080   0% /var/lock
none                    772080         0    772080   0% /lib/init/rw

</pre>

O resultado visual é o seguinte:

Filesystem 1K-blocks Used Available Use% Mounted on /dev/sda1 73718652 7948276 62025628 12% / udev 772080 328 771752 1% /dev none 772080 200 771880 1% /dev/shm none 772080 88 771992 1% /var/run none 772080 0 772080 0% /var/lock none 772080 0 772080 0% /lib/init/rw

.

Massa não ? Agora imagina você tendo que montar essa tela “na mão” nos seus sites ? Ia dar o maior trampo, com certeza !!!

O outro exemplo legal que testei foi o de obter as cotações da bolsa através da função zzbolsas que descrevo abaixo (retirado dos comentários do código fonte):

zzbolsas – Pesquisa índices de bolsas e cotações de ações.

Essa função, assim como outras, necessita do text web browser, Lynx que você deve baixar no site do projeto Lynx, é claro. Mas se você for um usuário de um Linux fru-fru e usa Ubuntu, como eu, basta instalar o Lynx via Synaptic ou apt-get na linha de comando como eu fiz pois apesar de usar um Linux fru-fru, não sou tão fru-fru assim.

popolony2k@ZanacEx:~/Projects/Spool$ sudo apt-get install lynx

Depois de instalado é só chamar a função:

popolony2k@ZanacEx:~/Projects/Spool$ ./funcoeszz-10.12.sh zzbolsas

americas :
^MERV ^BVSP ^MXX europe :
^ATX ^BFX ^FCHI ^GDAXI ^AEX ^OSEAX ^OMXSPI ^FTSE asia :
^AORD ^HSI ^JKSE ^KLSE ^NZ50 ^STI ^KS11 africa :
^TA100 Dow Jones :
^DJI ^IXIC ^GSPC ^GSPTSE ^DWC NYSE :
^NYA ^NYI ^NYY ^NY ^NYL Nasdaq :
^IXIC ^IXBK ^NBI ^IXK ^IXF ^IXID ^IXIS ^IXFN ^IXUT ^IXTR ^NDX Standard & Poors :
^GSPC ^OEX ^MID ^SPSUPX ^SML Amex :
^XAX ^IIX ^NWX ^XMI Outros Índices Nacionais :
^IBX50 ^IVBX ^IGCX

.

Claro que existem opções para se pegar índices individuais, etc etc e etc, mas a idéia é que você poderá criar soluções integradas a seus serviços, como softwares de consulta ou sites, com o suporte das Funções ZZ.

E por último uma outra bem legal é a zzanatel que descrevo abaixo (retirado dos comentários do código fonte):

zzanatel – Busca as tarifas das operadoras no plano básico para ligações DDD.

popolony2k@ZanacEx:~/Projects/Spool$ ./funcoeszz-10.12.sh zzanatel 11 3231 12 3022

00:00-00:59 TELESP 15 Básico 0,07663 01:00-01:59 TELESP 15 Básico 0,07663 02:00-02:59 TELESP 15 Básico 0,07663 03:00-03:59 TELESP 15 Básico 0,07663 04:00-04:59 TELESP 15 Básico 0,07663 05:00-05:59 TELESP 15 Básico 0,07663 06:00-06:59 TELESP 15 Básico 0,17845 07:00-07:59 TELESP 15 Básico 0,34189 08:00-08:59 TELESP 15 Básico 0,34189 09:00-09:59 TELESP 15 Básico 0,34189 10:00-10:59 TELESP 15 Básico 0,34189 11:00-11:59 TELESP 15 Básico 0,34189 12:00-12:59 TELESP 15 Básico 0,34189 13:00-13:59 TELESP 15 Básico 0,34189 14:00-14:59 TELESP 15 Básico 0,17845 15:00-15:59 TELESP 15 Básico 0,17845 16:00-16:59 TELESP 15 Básico 0,17845 17:00-17:59 TELESP 15 Básico 0,17845 18:00-18:59 TELESP 15 Básico 0,17845 19:00-19:59 TELESP 15 Básico 0,17845 20:00-20:59 TELESP 15 Básico 0,17845 21:00-21:59 TELESP 15 Básico 0,17845 22:00-22:59 TELESP 15 Básico 0,17845 23:00-23:59 TELESP 15 Básico 0,17845

.

Não é bem legal ? A quantidade de coisas que dá para bolar com essas funções é algo muito legal pois vai depender apenas da sua necessidade, afinal nessa última versão são 111 funções.

Bom é isso.

Inté.

PopolonY2k

Referências:

Site oficial das Funções ZZ

http://funcoeszz.net/

Site do navegador de texto, Lynx

http://lynx.isc.org/

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Old Skool Tech – Novo projeto no SourceForge.net

Fuçando os meus disquetes de MSX para ver se achava alguma coisa interessante e também para ver se os jogos funcionavam após 20 anos, tive a grata surpresa de encontrar um software que eu estava desenvolvendo em 1995, chamado MSXDD, ou MSX Disk Doctor.

A idéia do MSXDD era ser um conjunto de ferramentas utilitárias para manipulação, edição, correção, formatação, copia, ….e etc, de discos. O software está escrito todinho em Turbo Pascal, com rotinas Inline em Z80 ASM.

Após essa grata surpresa decidi abrir um novo projeto, que entra para a minha lista de projetos Open Source como os que estão aí na seção Local Network no lado direito da página. O projeto é o Old Skool Tech, que será um repositório com todos os softwares que eu fiz e que vou fazer para plataformas antigas, aka MSX, AMIGA, Commodore 64, Atari, etc…, tudo liberado sob a licensa GPLv3.

Já adicionei os 3 primeiros módulos da biblioteca base que foi desenvolvida para dar suporte ao  desenvolvimento do MSXDD, que na época já contava com um editor hexadecimal de arquivos e setores. Infelizmente não avancei no desenvolvimento de tudo o que eu queria para o MSXDD, porém nunca é tarde para recomeçar.

Os módulos já liberados são:

  1. MSXDOS.PAS – Biblioteca de funções de baixo nível para manipulação de rotinas internas do MSXDOS, arquivos, DPB (Disk Parameter Block), leitura e gravação de setores, etc…
  2. MEMORY.PAS – Helper functions para manipulação de memória;
  3. DOSTEST1.PAS – Programa de teste da MSXDOS.PAS (Mostra conteúdo do DPB de um disco);

.

Segue o link para o código que já está no SVN do projeto. Não postei todo o código das bibliotecas e também do core do MSXDD porque os comentários do programa estão em português e desejo traduzir tudo para o Inglês, bem como fazer algumas otimizações de código e por enquanto só os 3 módulos que estão lá no SVN.

http://oldskooltech.svn.sourceforge.net/viewvc/oldskooltech/msx/trunk/msxdos/pascal/

Com certeza muitos outros projetos que desejo iniciar para micros antigos terão seus códigos liberados nesse repositório no SourceForge.net.

Bom, é isso aí.

Inté.

PopolonY2k

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Dossiê Storage devices – Parte II (Compact Flash)

Continuando a série, Dossiê Storage Devices, vamos falar sobre um outro dispositivo de armazenamento muito utilizado em câmeras, PC’s antigos (MSX, Amiga, etc, …) dispositivos embarcados e em NetBooks de baixo custo, que é o Compact Flash.

História

O Compact Flash é um dispositivo que, inicialmente, foi especificado e desenvolvido pela SanDisk em 1994, porém em 1995 o mesmo passou a ser padronizado por uma associação de empresas internacionais, incluindo a SanDisk, conhecida como The Compact Flash Association.

Detalhes técnicos

Atualmente existem dois tipos de Compact Flash disponíveis no mercado, conforme descrito abaixo.

CF Type I

Esse é o mais comum encontrado no mercado e seu nicho era basicamente restrito a câmeras digitais, porém nos últimos anos sua utilização em outros nichos da área de tecnologia tem se tornado relevante e apesar de existirem alternativas mais cômodas, menores e mais baratas, o CF Type I tem conseguido uma sobrevida devido ao fato de ser uma alternativa confiável aos dispositivos mecânicos como os Hard Disks convencionais (HDD) e ao mesmo tempo barata em relação aos dispositivos de alta capacidade como os Hard Disks baseados em memória flash, ou SSD.

Compact Flash Type I
CF Type I

CF Type II

A principal diferença entre um dispositivo CF I e CF II é que basicamente as CF II suportam mais corrente na interface, segundo o Wikipedia, e talvez esse seja o motivo de se ter discos rigidos mecânicos que consomem mais energia, rodando sob essa interface, como os micro HDD‘s conhecidos por MicroDrives e amplamente utilizados em PDA‘s, como os Palm LifeDrive e dispositivos tocadores de música, como os IPod‘s.

Quando lançados, os MicroDrives tinham em média 4Gb de capacidade de armazenamento,  algo inédito nos dispositivos baseados em memória Flash da época, porém com o aumento da capacidade das memórias Flash nos ultimos anos, o MicroDrive foi facilmente suplantado por outros baseados em memória como os SD Cards (Mini, Micro), Memory Sticks e até mesmo pelo seu irmão mais velho,  o Compact Flash Type I, que hoje já possui capacidade acima de 16Gb, sem contar que todos os dispositivos baseados em Flash são mais baratos, menos frágeis e portanto mais confiáveis do que os  MicroDrives.

Outra diferença é a espessura entre um CF Type I (3.3 mm) e um CF Type II (5 mm).

Compact Flash Type II
CF Type II

Compatibilidade PCMCIA e ATA.

Os cartões Compact Flash são compatíveis eletrica e mecanicamente com o padrão de interface PCMCIA e uma outra vantagem é que todo cartão CF tem embutida uma interface ATA e com um adaptador CF->IDE, desses encontrados no Mercado Livre ou Santa Efigênia, um cartão Compact Flash pode ser utilizado como um Hard Disk.

Adaptador CF/IDE
Adaptador CF/IDE

True-IDE

True-IDE é o modo de operação que os Compact Flash utilizam para se comunicar com a interface IDE, onde alguns dispositivos não suportam esse modo via hardware, existindo a possibilidade de emulação do modo True-IDE via software, que significa menos performance.

O chaveamento entre modo True-IDE e mídia removível é feito através do socket em que o CF está conectado, ou seja, se o Compact Flash está conectado por uma interface IDE, então ele é reconhecido pelo host como um Hard Disk, caso contrário é reconhecido como um mídia removível.

File System

Os Compact Flash podem ser formatados utilizando qualquer tipo de FileSystem, sendo a capacidade do CF o único limitador para a escolha do melhor FileSystem a ser utilizado pelo dispositivo, uma vez que dependendo do FileSystem escolhido a performance de acesso aos dados pode ser comprometida.

Diz a lenda que inicialmente os dispositivos CF trabalhavam com sistemas de arquivos específicos,  tais como Flash File System e JFFS e com isso softwares necessitavam de pilhas de protocolos adicionais para ter acesso a dispositivos Compact Flash.

Ultra DMA (UDMA)

A maioria dos Compact Flash mais modernos são compatíveis com UDMA (pelo menos 33Mb/s) e nesses casos a escolha do adaptador CF/IDE pode interferir no funcionamento do Compact Flash quando ligados a esses dispositivos, uma vez que existem adaptadores sem suporte a DMA, o que termina causando problemas, a maioria deles relacionados a performance.

TIP (REVIEW HOTFIX 01_01_2011):
No princípio os Compact Flash não suportavam operação em modo DMA, porém revisões posteriores adicionaram esse suporte ao padrão.

Lembre-se que ainda existem no mercado, adaptadores que não disponibilizam suporte a DMA, uma vez que nesses adaptadores alguns pinos para suporte a DMA não estão disponíveis. Nesse endereço (http://www.fccps.cz/download/adv/frr/cf.html) , existem informações de como adaptar o seu adaptador para que o mesmo passe a suportar o modo DMA.
Mesmo após essas adaptações, não é garantido que esses adaptadores funcionarão com Compact Flash UDMA.

TIP (REVIEW HOTFIX 01_01_2011):
Geralmente os adaptadores CF/IDE sem suporte a DMA não são construídos com a preocupação de manter uma blindagem entre as trilhas, similar à técnica utilizada nos cabos IDE de 80 vias (http://www.pcguide.com/ref/hdd/if/ide/confCable80-c.html), o que os torna incompatíveis com Compact Flash UDMA.

BENCHMARK (REVIEW HOTFIX 01_01_2011):
Em testes realizados com um Compact Flash Transcend 4Gb 133x UDMA juntamente com adaptadores CF/IDE antigos, sem suporte a UDMA, experimentei instabilidade no I/O e impossibilidade de boot do sistema operacional.

MSX TIP (REVIEW HOTFIX 01_01_2011):
Ao utilizar um adaptador de Compact Flash com caracteríticas como as apresentadas na dica anterior, experimentei instabilidade no uso de uma interface IDE com um Compact Flash UDMA (Transcend 4Gb 133x UDMA) e apesar do mesmo ser reconhecido, particionado e formatado corretamente, o boot do sistema operacional falha e o I/O ao dispositivo fica instável e não confiável (aka perda de dados).
Usuários de outras plataformas considerem essa experiência, caso estejam experimentando instabilidade no uso de Compact Flash com IDE.

CF/IDE - Front (sem suporte a DMA)
CF/IDE - Front (sem suporte a DMA)
CF/IDE - Back (sem suporte a DMA)
CF/IDE - Back (sem suporte a DMA)

Então, na hora de escolher usar um Compact Flash na IDE, tome precauções na escolha tanto do Compact Flash quanto do adaptador CF/IDE, prefira adaptadores com suporte a DMA pela velocidade quando utilizados com Compact Flash UDMA.

TIP (REVIEW HOTFIX 01_01_2011):
Lembre-se da seguinte regra, adaptadores com suporte a DMA funcionam bem com dispositivos Compact Flash que tem ou  não suporte a UDMA, já os adaptadores sem suporte a DMA não funcionam bem com dispositivos Compact Flash com suporte a UDMA. Tudo isso, se os adaptadores respeitarem as regras de blindagem necessárias a dispositivos UDMA.

CF/IDE - Front (com suporte a DMA)
CF/IDE - Front (com suporte a DMA)
CF/IDE - Back (com suporte a DMA)
CF/IDE - Back (com suporte a DMA)

Velocidade

A medida de velocidade dos Compact Flash é a mesma da utilizada nos CDROM’s no famoso modelo ‘n’ X, por exemplo, 8x, 16x, 48x,…,133x, 266x e por aí vai, tudo isso multiplicado pela taxa de transferência máxima baseada nos floppy drives (150Kbps).

SOURCE CODE:
O cálculo da capacidade de transferência é simples e pode ser descrito segundo a fórmula abaixo.

C/C++ Code

/* Floppy drive transfer rate multiplier */
#define __FLOPPY_DRIVE_MULTIPLIER    150
/**
  * Return the Compact Flash device Transfer Rate in Kb/s.
  * @param nCompactFlashSpeed The CF device Speed (eg. 133x,
  * 266x, ...);
  */
int getCompactFlashTransferRate( int nCompactFlashSpeed )  {
  int  nTransferRate = nCompactFlashSpeed * __FLOPPY_DRIVE_MULTIPLIER;
  return nTransferRate;
}

Human code

TransferRate = CompactFlashSpeed * 150

Ex: Para Compact Flash de 266x temos CompactFlashSpeed = 266

TransferRate = 266 * 150
TransferRate = 39900 Kbps ou ~ 40 Mbps

Conclusão

Compact Flash é mais um dos dispositivos de armazenamento dos muitos existentes no mercado e se pensarmos em utiliza-lo como um dispositivo removível através de conectores USB, como os Pendrives, com certeza os Compact Flash estarão em desvantagem devido a seu tamanho físico ser grande demais para os padrões atuais, considerando que estamos na era dos dispositivo Micro (Micro SD, Memory Stick Micro, ….).

Entretanto se consideramos os Compact Flash como hard disks, aí a situação se inverte pois ele se torna um dispositivo extremamente pequeno, fisicamente, em relação a maioria dos HD‘s existentes no mercado atual, além de outras vantagens como custo/benefício e confiabilidade.

Acredito na sobrevida dos CF’s por mais alguns anos, principalmente nesse momento em que vivemos um visível aquecimento do mercado de desenvolvimento de software e hardware embarcado cá em terras tupiniquins.

Por enquanto é só pessoal
Por enquanto é só pessoal

PopolonY2k


Referências

http://www.compactflash.org/

http://www.sandisk.com/

http://www.popolony2k.com.br/?p=49

http://www.fccps.cz/download/adv/frr/cf.html

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