Lata Velha MSX – Parte I

Sou um colecionador de MSX, isso é um fato conhecido para quem já acompanha o blog, fato esse que pode ser comprovado olhando o meu album de fotos nesse link aqui.

Apesar de eu ter alguns computadores MSX e outros não relacionados ao mundo MSX, alguns deles ainda não estão no album de fotos do Picasa e dentre esses está um MSX 1.1 Expert XP-800 da Gradiente, que juntamente com o HotBit HB-8000 da Sharp, foi um dos primeiros sucessos de vendas de PC‘s na história da microinformática brasileira.

Expert XP800 - MSX 1.1

Eu particularmente tinha um HotBit e até preferia o mesmo a um Expert, porém agora como colecionador não posso me dar ao luxo de ter preferências por uma ou outra máquina……cada uma delas tem sua fatia de importância no universo MSX.

HotBit - HB8000 - MSX 1.1

Como já possuo um HotBit 1.2 (o modelo preto), me faltava mesmo um Expert para completar a coleção de pelo menos 1 micro de cada um dos fabricantes brasileiros da época.

Apesar de tudo isso eu ainda não pretendia adquirir um Expert no momento, a não ser que eu ganhasse um…..aí não teria como recusar 🙂

E foi exatamente o que aconteceu, quando o amigo Super Chung (como é conhecido nas comunidades de MSX do Orkut), me repassou um dos 2 micros que ele recebeu de uma doação feita na comunidade Saudosistas da Época do MSX no Orkut.

Os micros estavam em bom estado, porém “surrados” pelo uso e principalmente pela ação do tempo. No caso meu Expert posso citar diversos problemas:

  1. Acabamento comprometido, onde a pintura já estava completamente desgastada, sem o brilho da pintura metálica original e principalmente com riscos na lataria;
  2. Teclado com grande parte das teclas falhando e com o silk desbotando;
  3. Parte plástica do gabinete e teclado com riscos que danificaram o acabamento dos mesmos;
  4. Grande quantidade de poeira nos circuitos;
  5. Placas frouxas devido a mexidas, uma vez que os parafusos utilizados não eram mais os originais o que mostrava que as mesmas foram retiradas em algum momento no passado;

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Apesar de tudo isso o computador funciona perfeitamente, o que é o principal nesses casos, sendo o motivador para eu iniciar o processo de restauração dessa maquina, porém pensei que o mesmo poderia ser restaurado não para a sua forma original e sim com um pequeno diferencial que o valorizasse, visualmente, frente a outros Expert‘s de sua época.

Para dar um diferencial a esse Expert, pensei em fazer um “arroz com feijão“, porém com um tempero a mais 🙂 , refazendo a pintura da lataria e partes plásticas com uma cor diferente da original, fazendo uma limpeza dos circuitos, recuperando as teclas que estão falhando e removendo o “amarelo” das mesmas, causado pela ação do tempo.

Com isso terei um MSX Expert com um diferencial estético e com o tempo poderei pensar em adicionar mais potência à sua parte eletrônica, entretanto nesse momento nem me passa a cabeça transformá-lo a um MSX 2.0 ou superior, porém pelo menos uma interface IDE esse micro possuirá no futuro.

Situação inicial

Quando peguei o micro a situação estética do mesmo não era das melhores, perto de outros Experts existentes no mercado e que ainda podem ser encontrados tão novos quanto há 20 anos atrás.

A foto abaixo pode mostrar um pouco de como estava a lataria do micro antes da primeira parte da reforma. A boa qualidade da máquina fotográfica e o ambiente pouco iluminado com luz natural, escondem bastante a verdadeira situação da lataria (clique nas fotos para ampliar)…..

Expert Original (frente)
Expert Original (parte superior)

….que pode ser vista um pouco melhor em um ambiente de iluminação natural, como a foto abaixo.

Tampa do Expert (cor original)

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Inicio do processo

Bom, o primeiro passo de tudo, foi remover a tinta antiga lixando completamente a lataria e removendo toda a tinta anterior para que a mesma não comprometesse a nova pintura.

Para isso utilizei uma lixa Norton K246 Advance para ferro, que é a mais grossa que existia na loja para lixar ferro, uma vez que a tinta original do gabinete não dava sinais de fácil remoção, como foi sentido durante o processo de remoção da mesma, onde foi necessário o uso de muita energia para remover toda a tinta da lataria.

Após 1 hora de intenso trabalho braçal…..

Lataria Expert (após processo de lixamento)

…..o resultado final foi esse aí da imagem acima e abaixo.

Lataria Expert (após processo de lixamento)

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O  trabalho de pintura/funilaria…..

…é o mais complicado em todo o processo de recuperação desse micro e, como eu havia citado anteriormente, um dos motivadores para a recuperação desse Expert, foi a possibilidade de mudar completamente o visual dessa máquina, transformando-a em um computador único, sem perder as características do modelo.

Para isso decidi mudar completamente a cor da máquina, até mesmo porque a cor original é difícil de obter, após mais de 20 anos de seu lançamento.

Escolhi a cor alumínio, utilizando a tinta Suvinil Spray Multi Uso (Alumínio) e o resultado foi uma cor prateada que lembra bastante a cor de alumínio, conforme pode ser visto na imagem abaixo……

Lataria - Após pintura (Superior lateral direito - frente)

….e também na imagem abaixo.

Lataria - Após pintura (Superior lateral direito - traseira)

Como pode ser visto nas imagens acima, apesar de eu não ser profissional em funilaria/pintura, com um pouco de cautela é possível recuperar um gabinete antigo como o do Expert, sem gastar muito e principalmente sem ter que contratar um profissional para realizar essa tarefa.

Abaixo segue a lista de materiais utilizados e seus respectivos preços aproximados.

  • 1 Lata de tinta Suvinil Multi Uso Aluminio ~ R$16,00;
  • 1 Lixa para ferro, Norton K246 Advance ~ R$2,00;

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Bom esse é um daqueles posts onde o resultado visual vale mais do que qualquer texto escrito, por isso vou ficando por aqui e já preparando o material da segunda parte dessa série……claro que nem tudo são flores, então aguardem o próximo post.

[]’s
PopolonY2k

Referência na internet

PopolonY2k’s Picasa web album
http://picasaweb.google.com/112074901768594959236/Museum

MSX Expert XP-800 (Wikipedia)
http://pt.wikipedia.org/wiki/MSX#Gradiente_Expert_XP-800

MSX HotBit HB-8000 (Wikipedia)
http://pt.wikipedia.org/wiki/MSX#Sharp_HotBit_HB-8000

Saudosistas da época do MSX (Comunidade Orkut)
http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=64116

Análise da Interface IDE – Tecnobytes
http://www.popolony2k.com.br/?p=409

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Turbo Pascal Forever – Introdução

Bom, já passamos da metade do ano e fazendo um balanço de todas as ideias que me incentivaram na criação do blog, cheguei a conclusão de que tenho muito “cartucho” ainda para gastar e um desses cartuchos é exatamente a criação de, no mínimo, dois cursos de programação na forma de série de artigos que serão publicados no site.

Então botei a mão na massa e corri atrás do feedback dos participantes do blog e também das opiniões dos participantes das principais listas de discussões relacionadas a MSX e computadores antigos em geral e o resultado final foram 2 séries sobre programação para o blog.

A primeira série, e que inicia nesse post, será dedicada a programação em Pascal (Turbo Pascal 3 para CP/M e MSX DOS) e a segunda (talvez para o ano que vem) dedicada a programação C, claro que o conteúdo desses cursos será voltado a plataformas embarcadas e a plataforma embarcada que escolhi é a MSX. 🙂

Como não poderia ser diferente vamos começar contando um pouquinho da ….

…História do Pascal – Primeiros dias.

A linguagem Pascal foi criada no ano de 1968 pelo cientista Niklaus Wirth e seu nome foi dado em homenagem ao francês, filósofo, matemático, escritor, inventor, etc e etc, Blaise Pascal.

Os principais motivadores para a criação de Pascal foram:

  1. Ter uma linguagem enxuta e eficiente;
  2. Incentivar boas práticas de programação com base em estruturas de dados e programação estruturada;
  3. Altamente didática, pois seu uso inicial visava o ensino de programação estruturada para estudantes;

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Assim como diversas outras linguagens modernas, como C e ADA, Pascal foi fortemente baseada na linguagem ALGOL, por isso não é incomum encontrar literaturas que descrevem algoritmos completos escritos escritos em uma dessas linguagens, sendo C e Pascal as preferidas por muitos autores de livros de algoritmos e técnicas avançadas de programação, ou seja, Pascal é uma linguagem dirigida a verdadeiros programadores, ao contrário de linguagens como o BASIC em sua forma tradicional (ex: MSX-BASIC, Apple BASIC,…) que foram feitas para que não programadores pudessem criar programas de maneira rápida, porém estimulando hábitos de programação deficientes e código ilegível.

Por esses motivos, o BASIC evoluiu em direção ao Pascal nos ultimos anos, chegando a ter estruturas similares.

Segue abaixo alguns projetos escritos em Pascal:

  • p-System é um sistema operacional criado em Pascal, lá pelo final da década de 70 e me lembro de ter ouvido sobre esse sistema operacional quando o MS-DOS ainda tentava se estabelecer no mercado como mainstream.  A principal característica desse sistema era rodar código pseudo-compilado, atualmente conhecido como bytecodes, em tecnologias como Java e .Net.
  • Perix Operating System é um sistema operacional escrito em Turbo Pascal e Assembly. Seu autor mantém uma comunidade no Orkut e já conta com outros desenvolvedores experientes atuando no projeto. O autor do projeto é brazuca.
  • Skype – Reconhecido software de comunicação instantânea com capacidade de fazer chamadas telefônicas via internet, tem seu front-end para plataforma Windows, escrito em Delphi/Object Pascal.
  • Apple Lisa – Esse computador foi o precursor do Macintosh com o seu sistema operacional MacOS. O sistema operacional do Lisa foi escrito em Pascal.
  • MacOS – É o sistema operacional dos primeiros computadores Macintosh e assim como o Lisa, foi escrito também em Pascal, com partes em Assembly.

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Turbo Pascal – O Pascal da época dos primeiros PC’s.

Programar em uma linguagem compilada era um pequeno parto na época dos primeiros PC‘s, sendo essa a realidade ainda hoje para plataformas embarcadas, uma vez que esse processo geralmente envolve vários passos até chegar ao binário compreensível pela máquina.

Esses processos são conhecidos como edição, compilação e linkagem e quando feitos em máquinas e compiladores modernos, o programador, hoje, nem precisa saber, e termina não sabendo, que os mesmos estão acontecendo, porém lá pelos anos 1970/80 era natural que todo desenvolvedor de software soubesse do que se tratava cada um desses passos, até mesmo porque ele interagia diretamente em cada um desses processos.

Sem contar que fazer esses passos nos computadores da época, era algo extremamente demorado pois os mesmos tinham recursos limitadíssimos, tanto de processamento quanto de armazenamento, o que tornava o processo lento em cada um dos passos, sendo que programas de apenas 8 KBytes poderiam levar em média de 3 a 5 minutos para a geração de executáveis.

Foi nesse cenário, com ferramentas de desenvolvimento tão arcaicas quanto escrever documentos em pedra, que nasceu uma das maiores obras de engenharia de software da época, e quem sabe de todos os tempos, e que praticamente obrigou os “grandes” players na época a elevar o nível de suas ferramentas, investindo pesado em seu desenvolvimento até chegar às ferramentas modernas existentes na atualidade………estou falando do Turbo Pascal da Borland Software Corporation.

Turbo Pascal 3.0 (Capa)

Parece exagero falar que o Turbo Pascal é uma das maiores obras de engenharia de software, mas se considerarmos que o Turbo Pascal se tratava da primeira ferramenta com Editor/Compilador integrado, capaz de compilar milhares de linhas de código em apenas poucos segundos e que todas as ferramentas da época demoravam vários minutos para fazer o mesmo, considerando máquinas com 64Kb ou menos de memória, com certeza se trata de uma grande obra de engenharia de software.

Tela de abertura do Turbo Pascal 1.0. Foi assim até a versão 3.0

A imagem acima foi retirada do site http://eugostododelphi.blogspot.com/

Na época a Microsoft Corporation, tentou revidar com o seu famigerado Microsoft Pascal,  seguido do seu não menos famigerado Microsoft Quick Pascal, porém suas ferramentas de desenvolvimento sempre estiveram atrás das construídas pela Borland, isso até o final da década de 90, quando a mesma passou a contratar engenheiros chave da equipe de desenvolvimento de compiladores da Borland, equiparando assim o cenário.

PERGUNTA 1 (utilizem a área de comentários do post para responder)

Qual o nome do arquiteto que deixou a Borland para na Microsoft criar uma das linguagens mais conhecidas da empresa na atualidade ?

Tamanha era a superioridade do Turbo Pascal frente a outros compiladores de outras linguagens que, rapidamente, as publicações da época davam foco a artigos que tratavam de Pascal, ou seja, juntamente com Assembly, Pascal se tornava mainstream no cenário de programação e na mídia, tudo isso graças a grande aceitação e popularidade do Turbo Pascal da Borland.

Depois disso a Borland cresceu e expandiu sua linha de produtos, implantando a tecnologia Turbo para um outros produtos, também consagrados, como o Turbo C/C++ e Turbo Assembler (TASM), bem como em outras menos consagradas como o Turbo Prolog.

O próprio Turbo Pascal evoluia de maneira gradativa, tanto que na versão 5.5, o mesmo passava a incorporar características de orientação a objetos (OOP), amplamente difundidas em linguagens mais modernas como Java e que no universo Pascal ficou conhecida como Object Pascal.

Tela de abertura do Turbo Pascal 5.5

PERGUNTA 2 (utilizem a área de comentários do post para responder)

Que grande empresa, reconhecida pelos seus gadgets e PC‘s, desenvolveu a extensão de Pascal, denominada Object Pascal ?

Com produtos de alta qualidade e performance, a Borland dominou o mercado para desenvolvedores de software na era MS-DOS, sendo que outras produtoras como a Microsoft, Symantec, Sybase, sequer chegavam perto em qualidade, com sua linha de produtos similares.

Com a popularização dos sistemas operacionais gráficos, principalmente graças ao  Windows 3.11, o conceito de usabilidade de software mudou radicalmente, entretanto as ferramentas de desenvolvimento de software permaneceram por um tempo com as mesmas características da época do MS-DOS,  como o Visual C++ e o Turbo C++ for Windows e Turbo Pascal For Windows.

Mas com toda a riqueza e principalmente complexidade que esses ambientes operacionais gráficos traziam ao mundo dos PC’s, na época, era inevitável que uma mudança radical na área de ferramentas para desenvolvimento de software estava para acontecer, principalmente para que os desenvolvedores aproveitassem ao máximo toda a potencialidade que esse novo mundo gráfico proporcionava e principalmente para auxiliar no desenvolvimento de produtos com mais qualidade e principalmente reduzindo o tempo de desenvolvimento de sistemas.

Foi nesse cenário que a Borland proporcionou ao mundo outra grande inovação, tão impactante quanto a apresentação da primeira versão do Turbo Pascal, trata-se do lançamento da ferramenta RAD (Rapid Application Development) denominada Delphi, que tinha como base toda infra estrutura da linguagem Pascal/Object Pascal, já conhecida e amplamente utilizada por diversos desenvolvedores ao redor do mundo.

Borland Delphi Logo

O tempo passou, as tecnologias evoluiram, hoje a linguagem Turbo Pascal, através do Delphi, já não pertence mais à Borland Software Corporation e sim da empresa de desenvolvimento de ferramentas de banco de dados Embarcadero Technologies, porém a estrutura da linguagem permanece, até os dias atuais, quase que da mesma forma que nas primeiras versões do Pascal Clássico bem como o Turbo Pascal 1.0, confirmando a visão de longo prazo de seu criador, Niklaus Wirth, ao desenvolver uma linguagem didática, estruturada, moderna, poderosa e principalmente extensível, muito a frente de seu tempo.

Bom, chegamos ao fim desse primeiro post, trazendo um pouco da história e importancia do Turbo Pascal no mundo da tecnologia de software, desde os primórdios até os dias atuais.

Até o próximo artigo.

[]’s
PopolonY2k

Referência Bibliográfica

Turbo Pascal 6 Competo e Total – Stephen O’Brien – McGrawHill

Referência  na internet

Pascal language (Wikipedia)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pascal_%28linguagem_de_programa%C3%A7%C3%A3o%29

Object Pascal (Wikipedia)
http://en.wikipedia.org/wiki/Object_Pascal

Turbo Pascal Compiler (Wikipedia)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Turbo_Pascal

Turbo Assembler – TASM (Wikipedia)
http://en.wikipedia.org/wiki/Turbo_Assembler

Turbo Prolog (Wikipedia)
http://en.wikipedia.org/wiki/Visual_Prolog

Turbo C/C++ (Wikipedia)
http://en.wikipedia.org/wiki/Turbo_C%2B%2B

Delphi (Wikipedia)
http://en.wikipedia.org/wiki/Borland_Delphi

Microsoft Pascal (Wikipedia)
http://en.wikipedia.org/wiki/Microsoft_Pascal

Java Programming language (Wikipedia)
http://en.wikipedia.org/wiki/Java_%28programming_language%29

.Net (Wikipedia)
http://en.wikipedia.org/wiki/.NET_Framework

Borland Software Corporation
http://en.wikipedia.org/wiki/Borland

Microsoft Corporation (Wikipedia)
http://en.wikipedia.org/wiki/Microsoft_Corporation

Embarcadero Technologies
http://www.embarcadero.com

Blaise Pascal (Wikipedia)
http://en.wikipedia.org/wiki/Blaise_Pascal

Niklaus Wirth (Wikipedia)
http://en.wikipedia.org/wiki/Niklaus_Wirth

BASIC (Wikipedia)
http://en.wikipedia.org/wiki/BASIC

Apple BASIC (Wikipedia)
http://en.wikipedia.org/wiki/Apple_BASIC

MSX-BASIC
http://en.wikipedia.org/wiki/MSX_BASIC

Assembly language (Wikipedia)
http://en.wikipedia.org/wiki/Assembly_language

CP/M Operating System (Wikipedia)
http://en.wikipedia.org/wiki/CP/M

MSX-DOS Operating System
http://en.wikipedia.org/wiki/MSX-DOS

MS-DOS (Wikipedia)
http://en.wikipedia.org/wiki/MS-DOS

MS-Windows (Wikipedia)
http://en.wikipedia.org/wiki/Windows

Embedded systems
http://en.wikipedia.org/wiki/Embedded_system

Ada Programming language (Wikipedia)
http://en.wikipedia.org/wiki/Ada_%28programming_language%29

C Programming language (Wikipedia)
http://en.wikipedia.org/wiki/C_%28programming_language%29

ALGOL Programming language (Wikipedia)
http://en.wikipedia.org/wiki/ALGOL

Compiladores (Wikipedia)
http://en.wikipedia.org/wiki/Compiler

Linkagem (Wikipedia)
http://en.wikipedia.org/wiki/Linkage_%28software%29

Object-oriented Programming – OOP (Wikipedia)
http://en.wikipedia.org/wiki/Object-oriented_programming

Rapid Application Development – RAD (Wikipedia)
http://en.wikipedia.org/wiki/Rapid_application_development

Perix (Sourceforge.net)
http://sourceforge.net/projects/perix/

Skype
http://www.skype.com/intl/pt/home/

Apple Lisa (Wikipedia)
http://en.wikipedia.org/wiki/Apple_Lisa

Apple Macintosh (Wikipedia)
http://en.wikipedia.org/wiki/Apple_Macintosh

MacOS (Wikipedia)
http://en.wikipedia.org/wiki/Mac_OS

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27 de Junho de 1983.

Bom, esse é um mini-post bem rápido apenas para lembrar que no último dia 27 de Junho, o MSX fez 28 anos de idade e o site do UOL Jogos fez um vídeo bem interessante sobre essa plataforma de computadores que é sempre lembrada pelos seus games, principalmente os clássicos como Metal Gear, Nemesis, Vampire Killer (aka CastleVania) entre outros mais.

Espero que gostem, realmente ficou muito bom e com um excelente detalhamento da história.

MSX faz 28 anos e mais vídeos – UOL Jogos

Feliz aniversário MSX !!!

[]’s
PopolonY2k

Referência na internet

UOL Jogos
http://jogos.uol.com.br/

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MSX, games e produções independentes.

Esse ano é um bom ano para o MSX no cenário nacional. Na parte de hardware sempre pudemos contar com produtores que estão sempre ativos construindo “antigas” novas tecnologias para nossas máquinas e algumas vezes construindo até novas máquinas do zero, ou quase do zero, como é o caso dos kit’s de conversão ou até mesmo motherboards MSX, “zero bala”, para adaptação em gabinetes de PC ou em antigos Experts e HotBits.

Pois bem o cenário de hardware é bem ativo, algumas vezes dá uma descansada mas sempre se levanta com novidades, porém  o mesmo não acontece com software desde a época de ouro do MSX, no Brasil. Para falar a verdade, apesar dos muitos softwares escritos originalmente em nosso País, creio que o desenvolvimento de software nunca foi um sucesso em nosso País, independente da plataforma utilizada.

Felizmente nos últimos anos, o Brasil tem começado a colher os frutos da formação de profissionais nas décadas de 70, passando pelos 80 e chegando até os 90 e para mim é inevitável que o País se torne referência em software nos próximos 10 anos, pois os profissionais de software sofreram muito ao viver as épocas em que eram “generalistas“, ou seja, podiam fazer tudo na área de tecnologia.

Por um lado ser generalista é ruim, pois não nos especializamos em um nicho de mercado, que de certa forma nos tornaria mais caros no nicho escolhido, mas analisando de uma maneira mais ampla e aberta, com certeza chegaremos a conclusão de que é isso que nos torna melhores arquitetos de software do que outros pelo mundo afora, uma vez que pensar em tudo e criar abstrações para esse “tudo”, só pode fazer quem já viveu uma situação de atuar no “todo”. 🙂

Mas é claro que só poderemos ser uma potência em software se o governo federal também fizer a parte dele que é, proporcionar uma boa infra-estrutura de ensino para os nossos jovens, e futuros profissionais. Atualmente o mérito é individual e apenas do povo brasileiro, através dos esforços dos pais (não confundir com País) e avós dessa geração que citei anteriormente, que foram os investidores dessa geração que aí está.

Voltando ao software, recentemente adquiri um lote de coisas para MSX, que vão desde hardwares e softwares a diversas revistas, incluindo MSX Magazine e outras revistas, que só tratavam de software em seu conteúdo, cada uma com mais de 100 páginas só de softwares escritos em diversas linguagens (MSX-BASIC, Prolog, ADA, C, ASM, …) , tudo da década de 80.

Revistas de MSX japonesas.

Pois bem, olhando esse material todo apenas tive a confirmação do porque os melhores games e softwares eram feitos no Japão. Simplesmente porque, aliado ao fato deles desenvolverem grandes softwares, eles desenvolviam conhecimento e difundiam em massa e ainda obtinham lucro com isso. Essas revistas tem tanto conteúdo técnico de qualidade, que eles são aplicáveis em qualquer plataforma atual e talvez todo esse conhecimento explique o porque de ainda existir diversos grupos construindo coisas para MSX no Japão e Europa e também para outras plataformas como C64, NES, SNES, Sega Genesis (aka Mega Drive), entre outros.

20 e tantos  anos depois…..

…muitos dos que viveram aquela época, hoje nem trabalham com software ou na área técnica, entretanto a grande maioria das pessoas daquela geração e que hoje estão no mercado de trabalho, ou trabalha com um computador ou pelo menos o utiliza como ferramenta no dia-a-dia e para entretenimento.

Dentre essas pessoas encontramos, Designers e Web Designers, Programadores, Músicos, Gamers, entusiastas de tecnologia, enfim, muitos de nós, desenvolveu bastante suas capacidades técnicas nos computadores pessoais, desde a épocas passadas.

Podemos dizer que, hoje, somos muito mais capazes de realizar proezas técnicas diversas, com muito mais facilidade e qualidade do que naquela época e também baseado nesse raciocínio posso dizer que se fosse possível voltar no tempo, com o conhecimento que temos hoje, poderíamos ao menos fazer frente aos dominadores do conhecimento da época. A situação seria ainda melhor se conseguíssemos construir coisas utilizando recursos computacionais modernos, como os que temos hoje. Com certeza seria um diferencial.

Não é muito difícil encontrar grupos, ao redor do mundo, que tem um ponto de vista similar ao que citei anteriormente, veja o caso do pessoal da Relevo Video Games, que desde 2009 vem lançando games originais para plataformas MSX e ZX-Spectrum, com qualidade excepcional, como é o caso do excelente e já consagrado Invasion of the Zombie Monsters, que é um game de 32Kb com gráficos, musicas e jogabilidade superior a muitos dos clássicos da época de ouro dessas plataformas e, serei ousado, superior a muitos games da mesma categoria feitos para plataformas mais atuais como Android e iPhone.

Capa do game Invasion of the Zombie Monsters

Ao acompanhar o nascimento de grupos como o pessoal da Relevo, que começou fazendo games para plataformas antigas e que já ensaiam lançamentos para outros dispositivos Mobile, acredito que o Brasil pode e tem potencial técnico, criativo e artístico para desenvolver projetos similares aos da Relevo.

Vale a pena lembrar que a Relevo Video Games é certamente um reflexo e fruto do investimento dos espanhois no desenvolvimento de video-games, iniciado na década de 80 onde empresas como Dinamic Software e Opera Soft, desenvolviam games para MSX & ZX-Spectrum, na grande maioria das vezes inferiores aos japoneses, porém era uma época de busca do Know-How necessário para fazer frente aos japoneses na arte dos games no futuro.

Bom, se passaram 20 e poucos anos e finalmente podemos dizer que os espanhóis fazem frente a qualquer outro player no mercado de video-games, haja vista que os próprios japoneses começam a entregar o desenvolvimento técnico de suas consagradas franquias, como CastleVania (aka Vampire Killer para os MSXzeiros), a empresas espanholas.

CastleVania – Lords of Shadow, mostra o sucesso espanhol no desenvolvimento de games, iniciado na década de 80, uma vez que uma franquia de origem japonesa e que ao longo dos anos sempre fora desenvolvida em solo japonês e exclusivamente por japoneses, dessa vez é produzida em “terras” espanholas, através da Mercury Steam, só demonstra que o investimento de longo prazo é sempre a melhor opção.

Enquanto isso no Brasil…

…ainda engatinhamos no desenvolvimento de games e softwares para consumo do publico em geral, porém já começamos a ser reconhecidos em algumas áreas, pelo menos como um país potencial em desenvolvimento de software, apesar do mercado ser reconhecidamente inexplorado.

Desde cedo eu sempre acreditei que jogar video-games, era algo fenomenal pelo ponto de vista do aprendizado mas quando eu falava isso para um adulto na época, lá pelos anos 1980, não chegava a ser motivo de chacota mas o pessoal mais velho simplesmente ignorava a minha opinião, mais pela diferença entre gerações, entretanto por situações como essa, talvez, tenhamos perdido muito dos futuros profissionais que não chegaram a acontecer para o mercado de desenvolvimento de games.

Sempre acreditei que o simples fato de assistir alguém jogando já era o suficiente para fazer a cabeça pipocar as ideias, pois é necessário técnica apurada e conhecimento de algoritmos otimizados e também ser pelo menos um bom programador para se construir produtos de qualidade. Com o tempo percebi que jogar poderia ser mais produtivo para os que seguiram a carreira de desenvolvimento de software e design, do que para a grande maioria que estava apenas interessada em jogar.

Bom, como sou persistente e raramente jogo a toalha de primeira, fiquei muito feliz ao ler essa noticia no TechTudo, onde o autor descreve sobre um evento ocorrido em 25 de fevereiro desse ano (2011), denominado “O Mercado de Games e Aplicativos no Brasil” e também esse outro artigo, também no TechTudo, que vai de encontro exatamente ao que penso, onde o bom produtor de jogos deve ser um auto-didata, deve gostar de aprender e desenvolver coisas novas sempre, saber algumas linguagens e principalmente jogar MUITO !!!

Outra coisa bem legal que o autor cita é sobre, criar um grupo de estudo sobre games, que discuta ideias, técnicas, converse, extrapole as discussões, ou seja, desenvolva as ideias e as transforme em realidade, desenvolvendo novas técnicas e tecnologias, criando ferramentas, pois tudo isso gera a experiência necessária para o desenvolvimento de produtores em potencial para o mercado de games.

É bom saber que um grupo de estudos e desenvolvimento é um bom inicio e melhor ainda é saber que já temos um que está a pleno vapor, desenvolvendo um projeto de um RPG para MSX 2.0, totalmente feito em MSX-BASIC, com suporte a som de qualidade, compatível com placas FM do MSX (Panasonic FM-PAC, Tecnobytes FM-Stereo, …) e com toda capacidade de cores e gráficos que esses micros tem e que pouco foram aproveitados pelos desenvolvedores brasileiros da época.

Esse grupo, que ainda não tem nome, é composto por músicos, designers e programadores que viveram, ou não, a época de ouro do MSX e basicamente vem interagindo e desenvolvendo todo o game apenas em conversas por MSN e também na comunidade MSX-Brasil, no Orkut, que de maneira natural se tornou a “casa” do jogo, podendo ter seu desenvolvimento acompanhado aqui nessa discussão.

O nome do jogo é Visitantes – Experimento Sombrio e até o momento, diversas técnicas já foram desenvolvidas, como as de conversão de música MIDI para o MSX, conforme descrito na série MusicA – Tocando MIDI no MSX I, II, III e IV.

Grande parte do código do engine responsável pela execução do RPG também está pronta, sendo que ainda está previsto o desenvolvimento do game editor, necessário para edição da interação com o usuário.

Claro que muitas outras técnicas e novidades estão a caminho e ainda é muito cedo para detalhar algo sobre esse desenvolvimento, porém a medida que o projeto avança, alguns snapshots serão lançados ao público, como o vídeo que já está disponível no YouTube, através desse primeiro making of do que está rolando no desenvolvimento do game.

Bom, eu acredito que esse essa iniciativa é não só inovadora do ponto de vista técnico mas também pelo fato de comprovar que a internet é um meio produtivo que dissemina a idéia de que não importa mais o local onde as pessoas estão e sim o que elas podem fazer de onde elas já estão. 🙂

Espero que em breve tenhamos um mercado potencial no desenvolvimento de jogos no Brasil e espero um dia poder colher frutos disso mas enquanto isso….mãos na massa….tenho algumas coisas para terminar aqui 🙂

[]’s
PopolonY2k

Referência na internet

MSX-BASIC – Wikipedia
http://en.wikipedia.org/wiki/MSX_BASIC

Prolog – Wikipedia
http://en.wikipedia.org/wiki/Prolog

ADA Programming Language – Wikipedia
http://en.wikipedia.org/wiki/Ada_%28programming_language%29

C – Programming language – Wikipedia
http://en.wikipedia.org/wiki/C_%28programming_language%29

ASM – Wikipedia
http://en.wikipedia.org/wiki/Assembly_language

Relevo Video Games
http://www.relevovideogames.com/

Dinamic Software
http://en.wikipedia.org/wiki/Dinamic_Software

Opera Soft
http://en.wikipedia.org/wiki/Opera_Soft

Mercury Steam
http://en.wikipedia.org/wiki/MercurySteam

Android Operating System
http://en.wikipedia.org/wiki/Android_%28operating_system%29

IOS – iPhone Operating System
http://en.wikipedia.org/wiki/IPhone

CastleVania Lord of Shadow
http://www.konami.com/officialsites/castlevania/

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MSX, ATA IDE, Casemod & CIA

Após um pequeno intervalo, retorno com uma informação extraordinária em todos os sentidos pois eu, que pretendia fazer mais um artigo com testes e análise de performance dos dispositivos compatíveis com IDE‘s para MSX, fui surpreendido por um e-mail com excelente feedback do amigo de lista MSXBR-L, Alexandre Antoniutti Passos, que também é o criador e mantenedor do também excelente projeto MSX Livros.

Esse feedback me fez colocar a mão na massa e desenvolver esse add-on para o artigo original.

Por e-mail, ele me passou que realizou alguns testes com HD‘s e DVD‘s de alguns fabricantes, com sucesso no funcionamento, e que descrevo abaixo:

COMPATIBLE DEVICES

Gravadores de DVD

Marca : LG
Modelo : GSA-4167B

Marca : AOpen
Modelo : DSW1812P

Hard Disks

Marca : Toshiba
Capacidade : 80GB
Modelo : mk8025gas

Marca : IBM
Capacidade : 12.07GB
Modelo : DARA-212000

Abaixo também algumas fotos dos CompactFlash testados, das marcas DaneElec 1Gb e Kigston 512Mb.

Compact Flash DaneElec 1Gb e 2 Kingston 512Mb testados.

Uma informação importante que o Antoniutti passou foi que utilizando a IDE Tecnobytes com um adaptador CF-IDE específico, ele teve problemas de reconhecimento do dispositivo CompactFlash, similar ao que experimentei enquanto escrevia o artigo Dossiê Storage Devices – Parte II (Compact Flash).

O adaptador CF-IDE testado por ele é vendido na DealExtreme, por U$2.62, conforme pode ser verificado no link do produto.

Analisando os comentários dos compradores no site do revendedor, percebi que, apesar da satisfação com o produto, a grande maioria das pessoas reclamou da velocidade de transferência obtida com o uso desse adaptador.

Como no caso do meu adaptador, esse produto tem suporte a DMA33 (UDMA), então esses comentários sobre a sua baixa performance me deixaram um pouco ressabiado quanto a qualidade do produto, uma vez que,  com esse suporte a UDMA, o mesmo não deveria ter problemas de performance e essa qualidade, ou falta dela, pode ser o que causa instabilidade quando utilizado junto com a IDE Tecnobytes.

Talvez a qualidade dos adaptadores existentes no mercado, justifiquem o pessoal da Sunrise ter vendido, até uns poucos  meses atrás, adaptadores CF-IDE para uso em conjunto com suas interfaces IDE, sendo que o negócio deles é fazer somente a interface e que nesse caso pode ter a sua qualidade contestada ou afetada por conta de produtos de terceiros com baixa qualidade.

Bom, apesar de ter gostado bastante das informações recebidas sobre novas marcas e dispositivos testados, para mim, o mais interessante do feedback, foi o Casemod feito por ele e que integra um dispositivo de DVD a um adaptador de CF-IDE, tudo isso envolvido em um case de drive DDX, demonstrando a criatividade e cuidado do autor em deixar um produto mais atual, que é o drive de DVD, com o estilo e espirito do MSX, ao colocá-lo em um case de drive DDX.

Melhor do que falar ou escrever é mostrar, então segue abaixo as imagens do trabalho realizado bem como o resultado final.

 

Adaptação feita para interligar o conector IDE e o adaptador de CompactFlash.

 

Parte traseira

 

Imagem traseira do casemod do DVD, com uma entrada extra para Compact Flash
Aqui a imagem frontal do belissimo conjunto MSX+IDE+Drive DVD+CompactFlash

Aproveito para agradecer pelo feedback do Alexandre Antoniutti, bem como as imagens cedidas de todo esse excelente trabalho realizado e deixo desde já as portas sempre abertas ao Antoniutti e a quem mais queira contribuir com suas experiências no universo MSX ou qualquer outro Universo paralelo.

[]’s
PopolonY2k

 

Referência na internet.

MSX Livros
http://msxlivros.blogspot.com/

Casemod – Wikipedia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Casemod

 

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